Wednesday, March 27, 2013

Imprensa escrita e Newsletters

Todas as noticias sobre investimentos que possam ser impressas, transmitidas ou vistas nos inundam com informações e conselhos. É necessário saber separar o joio do trigo e aprender investir como os melhores. Comecemos com a imprensa escrita.

Revistas e jornais - visite uma banca de revistas e você irá encentrar muitas publicações especializadas em investimentos e também muitas publicações apenas com colunas de investimentos. Você deve ficar atento para os problemas que possuem os artigos de investimentos dos jornais e revistas e procurar escolher a melhor publicação para as suas necessidades especificas de investimentos.

Simplificando demais - o tamanho limitado dos artigos de jornais e revistas pode facilmente levar os escritores à simplificar demais tópicos complicados e oferecer conselhos duvidosos. Por exemplo, muitos artigos se concentram nos retornos dos fundos mútuos e nas filosofias dos administradores desses fundos e se esquecem de falar sobre seus riscos e conseqüências fiscais de se investir nos fundos que eles recomendam.

Criando medo - toda vez que o mercado de ações cai bruscamente, a mídia faz um grande circo. Manchetes nas primeiras páginas são mais ou menos assim: "O começo do fim", perturbando os investidores para que vendam suas ações. Outros artigos colocam medo nos pais alegando que o preço das universidades para os filhos vai ser muito caro e eles não vão poder pagar. E dão o típico conselho: comece a poupar e investir cedo, assim você não terá que dizer a Júnior que você não pode pagar pra ele fazer universidade.

Novamente, esses artigos ignoram completamente as conseqüências fiscais e riscos dessas estratégias de investimentos recomendadas por eles. Por exemplo, se os pais não tirarem vantagem dos RRSPs, eles irão pagar mais impostos. Boas decisões de investimento necessitam de um approach holístico que saiba que as pessoas tem quantias limitadas de dinheiro e precisam realizar esses tipos de trade-offs.

Conselho pobre - veja o artigo publicado na Money Magazine que dizia que: "onde ter altos e seguros retornos". O titulo por si só já deveria levantar um sinal vermelho: é impossível ter um alto retorno sem riscos. em outras palavras, para ter altos retornos, você precisa estar disposto a aceitar alguns riscos. O Artigo dizia que você poderia tirar até 18% ao ano se você seguisse as recomendações deles. Mas os especialistas dos mercados financeiros sabem que os maiores investimentos de propriedade, como ações e imóveis, retornam não mais que 10 ou 12% ao ano e que esperar mais do que isso é ter esperanças surreais.

Citando falsos especialistas - historicamente, uma forma que os jornalistas tem de disfarçar suas faltas de conhecimento técnico é entrevistar e repetir citações de especialistas financeiros. Apesar de que isso às vezes pode agregar credibilidade e qualidade à uma historia, jornalistas que não são experts eles mesmos tem dificuldades de identificar quem são os especialistas de verdade.

É impressionante como escritores de finanças dos jornais e revistas citam conselhos escritores de "newsletters". O problema é que os conselhos das newsletters são na maioria errados e levam investidores a terem retornos mais baixos devido a freqüentes compras e vendas do que se tivessem comprado e mantido as ações.

Concentração em ruídos e curto prazo - aliado ao fato de não fazerem seu dever de casa antes de citar um "especialista", os escritores da imprensa financeira diária tendem a visa o curto prazo. Hoje é comum os jornais diários terem tabelas mostrando os movimento do mundo das ações com 5 minutos de intervalos do dia anterior. Esse foco no ruído do dia leva os investidores receosos ao pânico e a tomarem decisões baseados na emoção, como vender suas ações apos uma grande queda do mercado de ações.

Evidentemente que a mídia diária escrita não é a única a trabalhar em cima do curto prazo. Televisão, radio e a internet também induzem o investidor a perder a visão do longo prazo e não enxergar a "big picture".

Tirando o melhor dos jornais e revistas - então o que você deve fazer para descobrir mais coisas sobre investimentos mas não quer ser inundado com informações? Eduque-se e seja seletivo. Se você esta pensando em assinar alguma publicação financeira, vá até uma biblioteca pública antes e leia algumas edições anteriores dessa possível revista a ser assinada. A informação que lá se encontrava, estava certa ou continha boas dicas? Quanto mais você conhece, mais fácil é para separar o joio do trigo.

Corra longe de publicações que juram serem capazes de prever o futuro. Infelizmente, desde que os mercados financeiros ficaram mais voláteis no final dos anos 1990 e começo dos anos 2000, surgiram mais e mais publicações estão promovendo colunistas que gostam de fazer previsões. Leia as biografias e tente conhecer os pontos fortes e fracos dos colunistas. Olhe toda a publicação. Alguns colunistas ou publicações podem cometer erros, mas alguns cometem mais erros do que os outros.

Avalie os conselhos em áreas que você conhece. Por exemplo, se você esta interessado em investir na Microsoft ou Nortel, e é familiar com a industria de computadores, descubra o que as publicações estão dizendo sobre investimentos em tecnologia. E lembre-se que você não vai ganhar do mercado financeiro, porque eles são razoavelmente eficientes. Gaste o seu tempo procurando informações e dicas que o ajude a atingir os seus objetivos e desenvolver em plano com recomendações especificas ao seu caso.

Newsletters de investimentos - particularmente no negocio das newsletters, encher sua caixa de e-mail com material promocional fazendo propaganda de seus retornos maravilhosos. Administradores de fundos privados que não são sujeitos ao mesmo requerimento de auditoria como os administradores de fundos mútuos podem fazer o mesmo. Seja especialmente cuidadoso com as newsletters que prometem altos retornos. De acordo com a Hubert Financial Digest, uma publicação que avalia as newsletters financeiras, as piores newsletters de investimentos tiveram retornos piores do que as médias do mercado em até 12% mais baixas. Algumas até conseguiram perder dinheiro dos clientes nessa década onde o mercado de ações deu excelentes retornos.

Suspeite quando as newsletters colocam suas performances do passado. Não acredite nesses dados ao menos que eles forem auditados por uma firma de contabilidade com boa reputação, com experiência nesse tipo de auditoria. Para fazer boas escolhas de investimentos, você não precisa de previsões. Se você optar por seguir estes videntes e tiver sorte, tudo bem. Mas, com muita freqüência, você irá perder muito dinheiro com esses enganadores. Fique longe de newsletters que alegam serem capazes de prever o futuro. Ninguém tem uma bola de cristal.

Mas se mesmo assim você ainda quer assinar alguma newsletter, procure aquelas que tem uma filosofia conservadora, de longo prazo e anti-bola de cristal. As melhores newsletters irão admitir que elas não podem prever qual ação ou fundo irá ser o campeão da próxima estação. Ao invés disso, eles farão questão de mostrar o papel deles como analistas, escrevendo analises úteis de background das empresas potenciais a serem investidas e informado os leitores sobre qualquer mudança significativa ou noticias sobre a área que eles cobrem.

Para os investidores de ações, boas newsletters são: 1) The investment report, publicado semanalmente e que custa $297 por ano e 2) The succesful investor, publicado mensalmente e que custa $72 por ano. Para investidores de fundos mútuos, dê uma olhada no Canadian Mutual Funds Adviser, publicado a cada duas semanas e que custa $127 por ano.

Tuesday, March 26, 2013

Separando fatos da ficção

Não é porque temos mais fontes de conselhos sobre investimentos que você deve ler, escutar ou assistir todos eles. Eis algumas receitas para escolher inteligentemente entre os conteúdos disponíveis no mercado.

A primeira regra pra maximizar as suas chances de encontrar as melhores informações sobre investimentos é reconhecer que não existe almoço gratuito. Muitas pessoas são seduzidas pela idéia de "informação gratuita". Observe na sua TV, rádio ou internet e você se deparara com montanha de coisas "de graça".

Claro, alguém está pagando para promover todo esta conteúdo "de graça" e ele está ali por alguma razão. Na maioria das vezes, a publicidade está pagando a conta. E é aí que mora o grande perigo. Imagine por um momento que em vez de comprar um livro, você pudesse obter uma cópia apenas indo a uma livraria e legalmente pegando da prateleira e indo embora. Depois suponha que esse livro fosse totalmente financiado por propagandas. Em vez de 450 páginas, este livro teria 900, com metade das páginas dedicadas à anúncios.

Então veja, apesar do livro ser mais grosso, seria de graça. Aí você pensa que ainda assim estaria no lucro, pois o livro contem informação alem dos comerciais, mas não é assim na maioria das vezes. Alguns autores optam por escrever livros que são iguais a um anuncio, em que ele tenta "vender" alguma idéia. Esses autores não estão interessados em educar ou ajudar as pessoas da mesma forma em que estão interessados em vender algo pra você.

Assim, por exemplo, um autor pode querer escrever que os mercados são muito complicados para os simples mortais, que você não pode nem sonhar em querer investir sozinho e que você precisa de um consultor financeiro, que, para não grande surpresa, ele vem a ser um. Em resumo, propaganda sempre compromete a qualidade do conselho financeiro.

Com isso não se quer dizer que não vai encontrar dicas úteis de investimentos na mídia. Você pode encontrar bons programas de investimentos no radio, TV e alguns sites úteis de investimentos na internet.Entretanto, estes seriam exceções à regra que diz que onde há propaganda, há pouca informação disponível. Da mesma forma, apenas porque revistas e jornais tem muita propaganda não quer dizer que alguns colunistas e seus artigos não mereçam serem lidos.

A propaganda pode causar os seguintes problemas:

Conteúdo influenciado - muitas companhias donas de jornais ou editoras de revistas e assim como estações de radio e TV que trabalham com anúncios alegam que o departamento comercial é separado do departamento editorial. A verdade, entretanto, é que na maioria dessas empresas, os anunciantes influenciam no conteúdo. No mínimo, o ambiente editorial é conivente para a venda do produto do anunciante. Os canais de televisão sobre mercado de ações, por exemplo, tem muitos anúncios de corretores induzindo os investidores a comprar ações que eles estão querendo vender. Pior ainda, muitos canais tem anúncios de empresas que dizem que podem ensinar a você como ganhar muito dinheiro com ações, praticando o que eles chamam de "day trading".

Sem surpresa, estas estações de TV oferecem muitos jornais de noticias que endossam ecoisas rradas (como day trading) em vez de condenar essas ações. Em vez de se perguntarem o que é de melhor interesse pros telespectadores e leitores, os executivos da mídia e editores se perguntam o que irá chamar mais atenção e conseqüentemente, mais anunciantes.

Conteúdo corrompido - em muitas empresas, os anunciantes podem ter uma influencia direta e manipulador no conteúdo editorial. Especificamente, algumas empresas da mídia e editoras não irão simplesmente dizer nada negativo sobre um grande anunciante ou irão enaltecer propositalmente e endossar companhias de investimentos que são grande anunciantes.

A influencia da propaganda esmaga a liberdade de expressão e, mais importante, afastam os leitores e telespectadores de saberem da verdade e de terem o melhor conselho financeiro.

Conteúdo de baixa qualidade - devido às razoes explicadas anteriormente, algumas fontes de informações de investimentos simplesmente cortam caminho quando se trata de prover conteúdo de qualidade. Uma vez que os consumidores não pagam nada para a maioria das fontes de investimentos, a mídia é incentivada a vender espaço pra publicidade e não contratam escritores de gabarito que podem dar boas informações.

Wednesday, March 20, 2013

Aumento da moda financeira


Porque todo mundo na mídia e as editoras estão publicando tanta coisa a respeito de investimento? Será que o dinheiro ficou tão mais complicado nos últimos tempos? Ou será que existem mais executivos da mídia e do mundo editorial mais preocupados em ajudar os investidores? Os parágrafos seguintes explicam algumas das razoes do porque que investir se tornou esse tópico to quente nos últimos tempos.

Maior número de meios de comunicação - o número de canais de televisão se multiplicaram devido à televisão à cabo. A explosão da internet trouxe também uma mídia completamente nova. Ao passear pelos canais da TV à cabo a qualquer hora do dia ou da noite, voce encontrará comerciais que prometem transformar voce em um magnata dos imóveis ou em grande especulador da bolsa de valores apenas se dedicando no seu tempo livre.

Agora, a um relativo baixo custo, qualquer pessoa pode ter uma pagina na web. O fácil acesso a esses meios de comunicação permite que qualquer um com uma personalidade animada e alguns dólares no bolso pareça ser um expert. Estas opções de comunicação mais novas são primariamente estruturadas em torno de vender propaganda mais do que oferecer conteúdo de qualidade.

Mudanças econômicas geram incertezas - muitos fatores levaram a essa explosão de conselhos e informações financeiras oferecidas pela mídia e pelo mundo editorial. Algumas são obvias: competição global e rápidas mudanças em tecnologia estão empurrando as industrias a fazerem mudanças mais dramáticas em período de tempo muito menores.

E apesar dos empregos serem relativamente fartos para aqueles com qualificação e habilidades, o medo de perder o emprego e da instabilidade financeira está em alta. Assim, essas mudanças econômicas estão empurrando muitos a procurarem aconselhamento financeiro.

Conflitos de interesses e caros - Economicamente, a incapacidade da industria de consultoria financeira pessoal em satisfazer as necessidades de quem os procura por ajuda é uma das razoes porque muitos investidores procuram dicas financeiras em outras fontes.

A maioria dos conselheiros financeiros ganham parte ou todo o seu dinheiro através de comissões dos produtos que vendem. Do pequeno numero de conselheiros que cobram dinheiro pelos seus serviços, administra dinheiro principalmente pros mais ricos. E mesmo esses também tem seus conflitos de interesses.

Estes conselheiros tem um preconceito contra recomendar algumas estratégias como pagar mais rápido a sua hipoteca ou investir em imóveis ou seu negocio próprio, ou qualquer investimento que tire seu dinheiro da administração deles. E as suas horas de trabalho são geralmente bem caras.

Mais opções de investimento e responsabilidades - A dificuldade de encontrar ajuda financeira objetivo é tão frustrante quando se deparar com as complexas opções de investimento disponíveis no mercado hoje em dia. Alem disso, cada vez mais, os empregados estão sendo forçados a tomarem mais responsabilidades de poupar o próprio dinheiro pra aposentadoria e decidir como investir o seu próprio dinheiro.

No passado, a maioria das empresas ofereciam fundos de pensão administrados por ela, com pagamentos prefixados. Nestes planos, o empregador poupava dinheiro em nome dos empregados e contratava um administrador para esse fundo que decidia como administrar o dinheiro. Tudo o que o empregado tinha que saber era a extensão dos benefícios que eles tinham direito e quando eles poderiam começar a retirar o cheque mensal.

Hoje, os trabalhadores contribuem com uma quantia "x" por mês e algumas vezes, a empresa também contribui em nome dos empregados. Mas não é fixado a quantia que cada trabalhador ira receber desse fundo de aposentadoria. O empregado geralmente tem que tomar algumas decisões acerca de como o dinheiro é investido. E o valor de quanto cada pensionista ira receber ira depender do sucesso (ou insucesso) destas decisões. Iguais aos RRSPs individuais, os empregados precisam se educar sobre quanto eles precisam poupar e como investir. Em adição de ter que conhecer planos de aposentadoria e alocação de investimentos, as pessoas se deparam com um estonteante numero de produtos financeiros, como as centenas de fundos mútuos que estão no mercado.

Sociedade focada em dinheiro - As paginas dos tablóides e revistas de fofoca estão cheias de informações sobre celebridades milionárias e altos executivos, também com bastante dinheiro. Outro sinal disto é que a nossa sociedade liga muito mais pra dinheiro do que pras relações humanas. Algumas pessoas acreditam que terem exércitos de empregados pra criarem seus filhos e tomarem conta de sua casa é um símbolo de luxo e riqueza. Outros gastam milhares de dólares em luxuosos e financiados carros, que requerem anos de trabalho para serem pagos.

Mas não gastam tempo com os filhos e ficam se perguntando porque a taxa de suicídio dos canadenses triplicou nas ultimas duas gerações, e também porque a violência nas escolas e em todos os lados só faz crescer.